Por Prof. Yuri Rodrigues

Afinal, qual a origem do dia da mentira?

A origem exata do dia da mentira é desconhecida, mas alguns historiadores especulam que ela esteja relacionada à adoção do calendário Gregoriano pela França, em dezembro de 1582. No calendário anterior, conhecido como “Juliano”, assim como no Hindu, o ano se inicia no equinócio de primavera, que gira em torno do fim de março e início de abril.

Naturalmente muitas pessoas não se adaptaram ou não quiseram se adaptar de imediato à mudança, que trocava uma referência natural por uma institucional. Brincadeiras e pegadinhas surgiram. Uma dessas pegadinhas envolvia fixar um papel nas costas dessas pessoas no qual se escrevia “poisson d’avril”, “peixe de abril” em Francês, que significava alguém fácil de pegar ou enganar.

Mesmo que essa seja a versão mais conhecida da história, existem outras. Por exemplo, alguns historiadores relacionam o dia da mentira ao festival romano da Hilaria (“alegria” em Latim), celebrado entre o fim de março e início de abril, pelos seguidores do culto de Cibele – deusa que simbolizava a fertilidade da natureza. Esse festival era marcado por brincadeiras que envolviam disfarces e zombarias. Atualmente, o dia da mentira é mundialmente “celebrado”.

Para se ter uma ideia, em 1992, a rádio americana NPR publicou uma propaganda com um ator fingindo ser o ex-presidente Nixon na qual ele revelava que concorreria novamente à presidência. Não passava de mais uma brincadeira de 1º de Abril que pegou o país de surpresa e fez todo mundo de bobo. Em inglês, o dia se chama dia dos tolos, fools day.